Em um dia de atualizações das estimativas de safra da CONAB e USDA, foram poucas as surpresas para o mercado da soja. O movimento de alta em Chicago foi impulsionado principalmente pela volta do otimismo das relações comerciais dos Estados Unidos.
O encontro presidencial de Trump com KIn Jong-Un em Singapura terminou com um bom cenário. Apesar da baixa correlação da Coréia do Norte com os negócios da soja, as consequências de um apaziguamento da Península Coreana, colocaria o fim a uma guerra onde os chineses têm intervindo há décadas.
Tal medida fortalece o reconhecimento chinês nas práticas de uma boa política de Trump, aumentando as possibilidades de uma retomada nas negociações comerciais favoráveis entre os EUA e a China.
Na questão "estimativas", o USDA trouxe uma redução da produção da soja na Argentina, agora em 37 MTs, e um aumento (um pouco aci- ma do esperado) para a safra no Brasil, estimada em 119 MTs. A ARC lembra que tais alterações já haviam sido precificadas pela especulação.
Chuvas intensas no cinturão
Nas últimas 24 horas o centro-oeste norte americano recebeu chuvas intensas. Precipitações atingiram o centro-leste de Illinois, centro de Indiana, Ohio e sudoeste de Iowa. Os totais pluviométricos foram registrados em torno dos 40-60 mm acumulados para o período. Algumas regiões registraram pequenas enchentes, uma vez que a taxa de infiltração dos solos norte-americanos é baixa.
As previsões para os próximos 5 dias continuam trazendo chuvas expressivas para as áreas cinturão de grãos dos Estados Unidos, principalmente nas próximas 12 horas. A partir da tar de desta quarta-feira, dia 13, uma breve estiagem deverá se estabelecer até o dia 17-18 de junho, proporcionando a redução das áreas afetadas com a saturação hídrica.
Se tais previsões se confirmarem, as condições de desenvolvimento da safra continuarão estáveis para os Estados Unidos. No entanto, produtores daquelas regiões do Cinturão se mostram preocupados com a continuidade do clima perfeito para a safra 2018.
Fonte: Notícias Agrícolas