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Soja - Mercado melhorou diante da possibilidade de um acordo comercial definitivo
Data: 18/2/2019

O mercado melhorou diante da possibilidade de um acordo comercial definitivo entre EUA e China, cuja data limite da trégua estabelecida no início de dezembro se encerra nesta virada de fevereiro para março. Todavia, ainda há muitas dúvidas quanto ao sucesso final das negociações, fato que trará ainda bastante volatilidade às cotações nas próximas semanas.
Por outro lado, o clima na América do Sul trouxe preocupações, particularmente no Brasil e parte da Argentina. A safra futura brasileira foi revista para baixo, ficando agora em 115 milhões de toneladas na estimativa, apesar do aumento da área plantada. No ano anterior o país havia colhido pouco mais de 120 milhões de toneladas. Na Argentina, diante da forte frustração do ano passado, o volume a ser colhido neste ano será maior, porém, talvez aquém do que o mercado esperava inicialmente. Para compensar esta realidade, no Brasil a colheita da atual safra de soja está muito adiantada como veremos a seguir.
Assim, nesta segunda semana de fevereiro o mercado trabalhou em torno desta realidade, sem grandes variações em Chicago. Devido a problemas orçamentários nos EUA, o relatório de oferta e demanda do USDA, no mês de janeiro, não foi realizado. Já o relatório de fevereiro, divulgado no dia 08/02, reduziu a safra estadunidense de 2018/19 para 123,7 milhões de toneladas, após 125,2 milhões em dezembro/18. Com isso, os estoques finais estadunidenses, para o corrente ano comercial, recuaram para 24,8 milhões de toneladas, contra 26 milhões em dezembro. A produção mundial de soja seria de 361 milhões de toneladas, contra 369,2 milhões esperada em dezembro, porém, ainda bem acima das 340 milhões de toneladas efetivamente confirmadas no ano anterior (2017/18). Já os estoques finais mundiais foram reduzidos para 106,7 milhões de toneladas para 2018/19, porém, ficam ainda bem superiores aos 98,1 milhões do ano anterior e aos 95,8 milhões de toneladas de dois anos antes. Neste contexto, a média de preços esperada para osprodutores estadunidenses de soja, neste ano 2018/19, fica entre US$ 8,10 e US$ 9,10/bushel, contra US$ 9,33 em 2017/18 e US$ 9,47/bushel em 2016/17.
Vale ainda registrar que a sustentação do preço do grão também está ancorada na forte elevação da cotação do óleo de soja nestes últimos dois meses. Em Chicago, a libra-peso passou de 27,31 centavos de dólar no final de dezembro/18 para 30,90 centavos em 06/02, recuando neste dia 14/02 para 29,89 centavos. O valor do último dia 06/02 não era visto desde o início de junho passado e se deve a elevações no valor mundial do petróleo neste início de novo ano.
Já no Brasil, o câmbio, apesar de algumas oscilações, acabou se estabilizando ao redor de R$ 3,70 por dólar, tendo mesmo flertado com o piso de R$ 3,60 em alguns momentos de janeiro passado. Ao mesmo tempo, a pressão da colheita da nova safra se faz sentir, com os prêmios nos portos brasileiros se estabilizando em valores entre US$ 0,25 e US$ 0,65/bushel. 
Nestas condições, os preços internos recuaram desde o final do ano passado. A média gaúcha no balcão, que estava em R$ 72,29/saco, veio para R$ 68,61 na primeira semana cheia de fevereiro, estando agora em R$ 68,78/saco. Um recuo de 5,1% em cerca de 45 dias. Os lotes gaúchos igualmente recuaram, se estabelecendo nesta segunda semana de fevereiro entre R$ 73,50 e R$ 74,00/saco. Nas demais praças nacionais os lotes ficaram entre R$ 62,50/saco em Sapezal (MT) e R$ 76,00/saco em Campos Novos (SC), passando por R$ 74,00 no centro e norte do Paraná; R$ 65,00 em São Gabriel (MS) e Goiatuba (GO); R$ 65,00 em Uruçuí (PI) e R$ 65,00/saco em Pedro Afonso (TO).
No que diz respeito à colheita da atual safra nacional de soja, até o dia 08/02, a mesma atingia a 24% no Brasil, contra 11% na média histórica nesta data. No Paraná, a mesma chegava a 28%, contra 12% na média; no Mato Grosso a 53%, contra 24%; no Mato Grosso do Sul a 30%, contra 12%; em Goiás 19%, contra 13%; em São Paulo 20%, contra 3%; em Minas Gerais 14%, contra 5% na média histórica. Nos demais Estados a mesma ainda não ocorria de forma significativa. (cf. Safras & Mercado)
Por outro lado, a comercialização da atual safra, igualmente até o dia 08/02, atingia a 38% no Brasil, contra 44% na média histórica nesta data. No Rio Grande do Sul a mesma ficava em 19% da safra esperada, contra 27% na média; no Paraná 31%, ficando dentro da média; no Mato Grosso 52%, contra 54%; no Mato Grosso do Sul 40%, contra 41%; Goiás 42%, contra 53%; São Paulo 30%, contra 32%; Minas Gerais 33%, contra 46%; Bahia 35%, contra 51%; Santa Catarina com 26%, ficando dentro da média histórica. (cf. Safras & Mercado) 
Nota-se que Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Bahia estão segurando mais o produto, com uma estratégia de apostar em recuperação posterior de preços. A mesma pode acontecer, caso o câmbio no Brasil dispare. Mas isso somente ocorrerá se o atual governo não conseguir passar a reforma da previdência. Por outro lado, em caso de falta de acordo final entre EUA e China derruba Chicago, porém, pode elevar novamente os prêmios em nossos portos. Por fim, é preciso acompanhar este período final de colheita na América do Sul, especialmente na Argentina, onde a mesma se dará mais tarde.
Pelo sim ou pelo não, o fato é que aqueles que não venderam antecipadamente entre setembro e novembro passados perderam uma oportunidade importante de preços, com os mesmos recuando, de lá para cá, cerca de R$ 20,00/saco em algumas regiões, caso da média do balcão gaúcho, por exemplo.

Fonte: CEEMA/INIJUI
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