A equipe de biotecnólogos agrícolas do Instituto Nacional de Biotecnologia Agroalimentar (NABI) localizado em Mohali, na Índia, desenvolveu essas variedades de trigo coloridas e também transferiu a tecnologia para diferentes empresas. Nesse cenário, algumas empresas com as quais este laboratório do Departamento de Biotecnologia assinou acordos já estão cultivando-as. 

De acordo com a pesquisadora Monika Garg, que lidera a pesquisa, esse estudo vem sendo conduzido a mais ou menos uma década. “Nós não os liberamos para produtores individuais, pois eles podem achar difícil vendê-los, pelo menos por enquanto”, explicou a cientista. 

A variedade de trigo comum que é cultivada em todo o mundo é de cor âmbar ou branca. Os não convencionais obtêm a cor de vários antioxidantes naturais abundantemente presentes em frutas como amoras, mirtilos e jamun. É importante mencionar que as variedades regulares de trigo contêm uma quantidade muito pequena de antocianinas, mas as coloridas são carregadas com elas. Por exemplo, o trigo preto tem 28 vezes mais antocianinas do que as convencionais. 

As variedades foram desenvolvidas com o uso de ferramentas clássicas de biotecnologia que são geralmente usadas por criadores de plantas. Através de programas de reprodução constantes ao longo dos anos, os cientistas da NABI introduziram várias gerações de linhas de trigo coloridas. Quando os cientistas descobriram que se ajustaram bem às condições climáticas locais e produziram níveis adequados de produção, transferiram a tecnologia para poucas empresas. 

"Queremos fazer produtos de padaria, a partir dessas variedades não convencionais de trigo populares entre os clientes, para que os benefícios dos antioxidantes possam atingir a população através de seu cereal favorito", finaliza. 

Fonte: Agrolink