Os estoques de farelo de esmagadoras da China apresentaram o maior índice em três meses, à medida que as indústrias do país estão desacelerando as compras, de acordo com informações que foram divulgadas pela TF Agroeconômica. O Centro Nacional de Informação sobre Grãos e Óleos, órgão ligado às moageiras chinesas, reportou um salto de mais de 19% na semana passada. 

“Assim, os estoques aumentaram 140.000 toneladas na semana passada para chegar a 860.000 toneladas. Em relação ao  mês  passado,  estes  números  representam  cerca  de  120  mil  toneladas  a  mais  e,  se  comparados  à  temporada passada,  180  mil  toneladas.  Com  isso,  os  volumes  de  esmagamento  semanais  também  reduziram,  e  fecharam  a semana ao redor de 2,02 milhões. Apesar da queda no esmagamento, os estoques de óleo de soja e soja em grão continuaram subindo. Em relação ao óleo, os dados demonstram uma alta de 10.000 toneladas na semana para 760.000 toneladas; e em relação à soja em grão, saltaram de 310.000 toneladas para 5,73 milhões de toneladas na semana passada, devido aos grandes volumes de grãos brasileiros desembarcados”, comenta. 

Na Argentina, as manchetes internacionais vêm destacando a recuperação do setor desde a baixa histórica na taxa de utilização da capacidade de moageiras, que beirou uma baixa histórica de 15% em dezembro. “Mês a mês, as indústrias do país vêm esmagando mais e, em maio, apresentaram uma taxa de 72%, quando foram processados 4,20 milhões de toneladas de soja.  Este é o segundo maior volume da história, apenas 40.000 toneladas abaixo dos 4,24 milhões de toneladas moídas em abril de 2015. A previsão é que a  Argentina esmague 40,5 milhões de toneladas de soja este ano, um aumento de 12,5% em comparação com quase 36 milhões de toneladas de soja moídas em 2020”, conclui. 

Fonte: Agrolink