A semana (17/01) começa com a expectativa de chuvas para a região Sul devido ainda à grande incursão de umidade amazônica trazida pela corrente de ventos conhecidos como Jatos de Baixos Níveis e a presença de uma frente fria (sistema de chuva). Porém ainda persiste o estado de atenção por conta do forte calor. Já na metade leste do Sudeste do país, a umidade oceânica é quem contribui para as chuvas. Apesar de que as projeções não indicam volumes expressivos para a região.

Por outro lado, o predomínio é de tempo firme na parcela central do território nacional, favorecendo o manejo e trato das lavouras, além de favorecer a colheita nas áreas mais adiantadas.  Na metade norte do país, as instabilidades ocorrem com uma certa regularidade ao mesmo tempo em que elas ficam mais esparsas entre si.

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Região Norte

O padrão das instabilidades indicam uma maior irregularidade das áreas de chuvas sobre a região. Nas áreas entre o AC e extremo oeste do AM, o predomínio no decorrer do dia será de tempo firme, mas com a possibilidade do registro de chuvas isoladas e passageiras no período da tarde. Este comportamento também é valido para RO e PA, entretanto as condições para chuvas são mais abrangentes. No AP, a influência da Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) favorece a formação de nuvens muito carregadas sobre a região, promovendo chuvas com acumulados superiores aos 40 mm no norte do estado. Alguns pontos da parcela central do AM poderão registrar chuvas intensas. E na metade norte do TO, a tendência indica uma melhor distribuição das chuvas.  

Região Nordeste

As chuvas seguem ocorrendo na metade norte da região, e em alguns pontos da BA também poderá registrar chuvas. Boa parte das instabilidades estão sendo provocadas pela presença de um Vórtice Ciclônico de Altos Níveis (VCAN). Este vórtice favorece o levantamento de ar em suas bordas, ao passo que impede a formação de nuvens em seu centro de atuação. Deste modo, as instabilidades são favorecidas sobre o MA, PI, CE e alguns pontos entre RN e PE. Contudo, as projeções apontam para valores entre 5 e 20 mm nas áreas com maiores volumes. Já no Recôncavo Baiano, os ventos oceânicos contribuem para o surgimento de instabilidades, que poderão ser localmente fortes. 

Região Centro-Oeste

Há o domínio de uma massa de ar seco sobre a região, em particular na metade sul do centro-oeste. Deste modo, é esperado que sobre o MS o tempo fique mais seco do, bem como no Pantanal Mato-Grossense. Entretanto, em algumas áreas do sul do MT e do GO, devido ao forte aquecimento diurno, algumas pancadas de chuva poderão ocorrer entre a tarde e noite. O padrão de chuvas mais irregulares também será registrado na metade norte do GO e em grande parte do MT. As projeções indicam que os maiores volumes de chuva poderão ocorrer na grande região de Aripuanã, noroeste do MT, mas ficando entre 5 e 10 mm nas áreas mais chuvosas. 

Região Sudeste

A forte influência dos ventos que vêm do oceano, contribuem para o suporte de umidade na região, favorecendo o surgimento de nuvens carregadas na metade leste da região. Assim, no leste de SP - Vale do Paraíba, Vale do Ribeira - e também no Sul de Minas, poderão registrar fortes temporais. Já no oeste de Paulista, Triângulo, grande região do Vale do Rio Doce, RJ e ES vão registrar chuvas na forma de pancadas isoladas, ocorrendo principalmente no período da tarde. As projeções indicam volumes entre 5 e 10 mm nas áreas mais chuvosas e índices de instabilidades mais intensos no Vale do Paraíba.

Região Sul

As condições continuam propícias para a formação de nuvens carregadas em boa parte da região, a exceção fica para o extremo oeste dos estados. A presença de um cavado - região alongada de baixa pressão - no leste de SC e leste do PR, alimentado pelo suporte de umidade do mar e a umidade trazida pelos Jatos de Baixos Níveis, somam condições para o surgimento de fortes temporais de verão. Os volumes poderão superar a marca dos 30 mm na serra de SC. Sobre o RS, o comportamento segue muito semelhante ao registrado no último domingo, com chuvas esparsas na metade leste do estado, que poderão ocorrer na forma de intensos temporais. Vale mencionar que, a onda de calor persiste sobre a região e com a maior quantidade de umidade a sensação térmica pode superar os 45°C nos pontos mais críticos.

Fonte: Agrolink