O trigo brasileiro para dezembro é o mais caro do mundo, segundo informações divulgadas pela TF Agroeconômica. Nesse contexto, o preço pago para os produtores passa dos R$ 100,00, aumentando bastante os valores no porto.

“Tomando-se o preço pago aos agricultores gaúchos para dezembro (R$ 102,0/saca), elevado a preço FOB Rio Grande, equivale a US$ 385/tonelada estivado e rechegado, contra US$ 345 do trigo argentino. Chegaria na Argélia, por exemplo, que é um grande comprador, ao redor de US$ 465, contra US$ 450 do trigo argentino, US$ 416 do Canadá, US$ 408 do hard americano, US$ 383 da França e US$ 315 da Rússia”, comenta.

De acordo com a consultoria, o preço de balcão deveria cair. “Isto significa que, para haver escoamento para exportação, nosso preço de balcão deveria cair pelo menos para R$ 88,00/saca, algo inimaginável, diante dos altos custos de produção. Então, concluímos que há grande chance de toda a produção brasileira da safra 22/23 ser destinada ao mercado interno, pressionando os preços. Se houver exportação será no final do primeiro trimestre de 2023 e se a pressão de oferta fizer os preços caírem ao nível citado acima”, completa.

“O contrato de agosto22 do trigo brando SRW de Chicago fechou em queda de 0,77% ou $ 6,25 cents/bushel a $ 804,50; a cotação de DEZ22, que interessa aos produtores/exportadores brasileiros, fechou também em queda de 0,70% ou $ 5,75 cents/bushel a $ 820,50; o contrato do trigo duro HRW de Kansas para setembro fechou em queda de 0,20% ou $ 1,75 cents/bushel a $ 887,50; o trigo de primavera HRS de Minneapolis fechou em queda de 0,24% ou $ 2,25 cents/bushel a $ 919,50 e o trigo para moagem da Euronext de Paris fechou em alta de 0,89% ou $ 1,75 euros/t a 339,75 euros”, conclui.

Fonte: Agrolink